Alem de muito comentado, o marketing político é muitas vezes "endeusado" pela mídia, como se possuísse um poder maior do que efetivamente tem para alterar resultados. Na opinião de Rubens Figueiredo, essa tal "força" do marketing, "não é bem assim", tanto é que pode-se contar nos dedos as vezes em que houve uma grande "virada" nos resultados de uma votação que pudesse ser atribuída a uma "sacada" genial de algum profissional de marketing. Rubens esclarece uma confusão reducionista feita pela maior parte das pessoas: marketing político não é apenas propaganda. Ele é sim, um trabalho muito mais complexo e amplo, do qual a propaganda é a ultima fase. Da até uma definição: "um conjunto de procedimentos e técnicas cujo objetivo é avaliar, através de pesquisas qualitativas e quantitativas, os humores do eleitorado para, a partir daí, encontrar o melhor caminho para que o candidato atinja a melhor votação possível”. Nesse processo de elaboração de estratégias, lembra a importância da análise e da sintonia com as pesquisas, fundamentais para um bom planejamento.
Assim, através das pesquisas e de posse das informações, é possível compatibilizar o discurso do candidato com os anseios do eleitorado, fazendo com que ele se posicione de acordo com as preocupações da sociedade, sem contrariar sua história política.
Segundo Figueiredo, existe uma diferença entre o marketing político e o marketing eleitoral. O marketing político é algo mais permanente, é quando o político no poder se preocupa em sintonizar sua administração com os anseios dos cidadãos. Já o marketing eleitoral aparece na hora do "vamos ver", quando todos os candidatos saem à procura de um mandato.